Depois de muito tempo, a Seleção brasileira fez um jogo digno de se pensar em torcer por ela. Muita marcação (com alguns erros de posicionamento), movimentação no ataque, toque de bola, tentativas de tabela e muita disposição.
                Apesar de tudo isso, do outro lado Messi resolveu colocar a bola embaixo do braço, marcar 3 gols e levar os hermanos a mais uma vitória sobre o Brasil.
                A Seleção começou bem, com Neymar jogando mais livre para se movimentar e atuar próximo de Hulk e Oscar, o que proporcionou muito mais criatividade e jogadas de ataque para a Seleção. No meio, Sandro e Rômulo faziam bem a contenção e davam segurança a insegura defesa com Bruno Uvini e Juan.
                 O gol de Rômulo saiu quando o Brasil jogava melhor, mas em uma bobeira de Sandro e posicionamentos equivocados da dupla de zaga, Messi saiu duas vezes na cara de Rafael e virou a partida. Um banho de água fria na torcida. Apesar disso, a Seleção continuava marcando forte, atacando e demonstrando, no mínimo, personalidade e busca pelo resultado.
                No segundo tempo, sem alterações, o Brasil voltou tentando pressionar e na única boa jogada de Leandro Damião, Oscar, após assistência do atacante, marcou o segundo gol brasileiro e empatou a partida. Infelizmente, o meia colorado precisou ser substituído porque no mesmo lance havia sentido uma falta que sofrera.
                Apesar da baixa do camisa 10 e com a entrada de Giuliano, a Seleção permaneceu em cima da argentina, que não produzia o que se esperava da equipe de Messi e companhia. E em uma falha do goleiro Romero, Hulk virou a partida para a Seleção e ia dando a vitória para a Seleção Brasileira, que merecia o resultado.
                Mas em outro erro da zaga, o zagueiro Fernandez empatou de cabeça, o que desanimou a Seleção e reacendeu a chama portenha. Com o jogo equilibrado, era a hora dos craques aparecerem, e o maior craque da atualidade fez o que dele se espera. Pegou a bola pela direita, arrancou, trouxe para o pé esquerdo e acertou o ângulo do goleiro Rafael, selando a vitória por 4 a 3 da Argentina.
                Ainda deu tempo de Marcelo e Lavezzi se estranharem e serem expulsos e o jogo findou dessa maneira.
                Mesmo com a derrota, a Seleção fez, na minha opinião, a melhor partida sob o comando de Mano Menezes. Muito ainda precisa ser feito, mas parece que, finalmente o comandante da Seleção começa a ter um esquema de jogo e uma equipe para por em campo. Méritos aos jogadores que souberam aproveitar este que foi o melhor giro de amistosos da Seleção, casos de Oscar, Sandro, Rômulo, Hulk. Mas é preciso ter calma e não exagerar nos elogios a Seleção. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.

Paulo Henrique Damasceno

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