Nada é mais chato que um zero a zero. Nada é mais sem graça, mais desanimador, mais frustrante. Também conhecido como oxo, o empate sem gols é o maior desgosto do futebol. Ninguém sai contente, ninguém sai de mãos abanadas, os dois levam o “glorioso” ponto pra casa.

O zero a zero é pior que a derrota. Com a derrota vem junto à vontade de mudança, de recuperar a honra, de vingar-se. Se for zero a zero, dependendo das “circunstâncias do jogo” (os técnicos adoram usar essa), pode ser um bom resultado. Não vem com caô não lek, brada o carioca marrento. Não tem bolero que goste do resultado.

O zero a zero não é pegar o cônjuge pulando a cerca. O zero a zero é uma broxada. Daquelas decepcionantes, que deprimem o infeliz durante dias e dias. Quem joga ou assiste um oxo vive a mesma situação dos vestibulandos, que estudam, estudam e não passam. Ó desilusão!

Os homens de terno da OAB dirão que nada mais justo que um empate, meio a meio, fifty-fifty and it´s ok. Mas sem gols? Ai não dá, não tem cristo nem anticristo que agüente.

Se o Senhor termina seus textos com uma receita, termino esse com uma letra de música que exprime um pedido da nação do futebas:
“ Eu quero ver gol, eu quero ver gol, não precisa ser de placa eu quero ver gol.”



Pedro Nogueira Heiderich

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