Completando quase uma semana do último Brasil x Argentina e com outro confronto já se aproximando, o que não falta é divulgação em cima do tal “super clássico das Américas”; talvez até do mundo, segundo os mais efusivos... Podem parar. Super clássico do mundo? Fica aqui outro ponto de vista para ser pensando.
Para a imprensa, ano de copa é uma maravilha. Milhões de pautas, reportagens, séries, tudo que for possível. Vender matéria nos anos sem a competição é que fica difícil. O Uruguai, que até então era nosso grande adversário, passou por uma longa fase ruim. Além disso, não havia muito respeito pelo futebol jogado pelos outros países sul americanos. Então por que não “criar” uma Argentina tão competitiva quanto o Brasil? Começava ai uma grande tentativa de dizer que os hermanos jogavam tanto futebol quanto os brasileiros, que tinham o mesmo nível, que eram rivais, e que nos odiávamos por tudo isso. A população foi acreditando. Surge Maradona, jurando que podia jogar mais que Pelé, e, sabe-se lá como, fazendo com que as pessoas acreditassem.
O tempo passa e eles começam a desapontar não só seus compatriotas argentinos, mas a mídia que buscava um bom concorrente à altura do Brasil para vender notícia. Resolvem apelar. Foi quando a teoria de que jogavam muito futebol começou a ganhar força, através de roubos e mais roubos. Compraram o goleiro peruano em 78, que levou 6 gols e deu a Copa daquele ano para eles; Em 86 vão para a semi com um gol de mão (Maradona devia ser jogador de handball, isso sim), passam dessa fase com 2 gol descaradamente irregulares e ganham, lembrando que houve um pênalti não marcado para a Alemanha; Pior ainda quando chega a de 90, e eles simplesmente dopam o time brasileiro (e mesmo assim perdem pra mesma Alemanha de 86 na final).
Reparem que as três copas em que se destacaram, o tiveram com belos sinais de interrogação sobre elas. Timezinho brigador e catimbeiro, que de vez quando ganha um jogo importante isolado. Nossa, eles tem 22 libertadores! (para, né?) Já se passaram mais de 20 anos e nem um titulozinho sequer da “super” seleção deles, mas continuamos engrandecendo os caras como se fossem grandes coisas. Pergunto-me por qual motivo.
Nessa última copa tinham Messi, Milito (mais uma invenção da mídia e que nem titular era), Tevez (do super Manchester City). Saíram de lá ovacionados por terem tantos atacantes escalados, talentos incríveis, sensação do mundo... perdendo de 4x0. O Brasil saiu com um 2x1, na mesma fase, e foi considerado fiasco. Não que não tenha sido, mas porque o time argentino merece mais consideração?
Sigo achando que o futebol argentino é puro produto midiático e vai ter que fazer muito ainda pra me convencer do contrário. Fica ai uma idéia contrária a da maioria para abrir um debate (não tem jeito, jornalista gosta mesmo é de abrir debate pra tudo).
Pede pra sair, Argentina!
Cecília Paes