Bom dia, o atraso não se justifica, talvez um pouco, mas o clássico paulista merece algumas linhas.
Não necessariamente pelo jogo, especialmente o fraquíssimo primeiro tempo. Raros chutes, sem perigo aos goleiros. Ambos meio-campos erravam passes. A marcação era forte. Apesar disso, o jogador mais violento da partida foi um atacante, Tadeu, do Palmeiras. Foram duas cotoveladas nos zagueiros Miranda, no primeiro tempo e Alex Silva, no segundo tempo. Alex inclusive foi substituído ao fim da partida porque seu olho direito já estava se fechando.
O Palmeiras entrou com um 3-5-2 disfarçado de 4-4-2. Vítor, supostamente lateral-direito tinha total liberdade para ir ao ataque, enquanto Fabrício, pela esquerda, compunha mais uma linha defensiva com Maurício Ramos e Danilo. Além disso, Pierre ficava de cão-de-guarda à frente da defesa. Com isso, já se percebe que o lado esquerdo do verdão ficou esquecido. Marcos Assunção jogava centralizado no meio, com Valdívia, muito apagado. Márcio Araújo simplesmente não compareceu à primeira etapa. Ewerthon se movimentava pela direita com Vítor até se machucar. Tinga, seu substituto, não fez muito no primeiro tempo. E Tadeu, ficou só na cotovelada em Miranda.
Já o São Paulo inovou. Não no esquema. Passa o tempo e o time não se desvencilha do 3-5-2. Mas Sérgio Baresi mudou. Colocou Ilsinho na ala direita (mesmo que por pouco tempo, pois ele se contundiu dando lugar a Zé Vítor) e Jorge Wagner na ala esquerda, com Rodrigo Souto de líbero. Jean voltou a jogar de volante, com o ótimo Casimiro e Richarlyson, também de volta ao meio campo. Aliás, ele se movimentou muito, caiu pela direita, pela esquerda, mas produziu bem menos do que correu. Mais à frente a aposta era no ótimo momento de Lucas (ex-Marcelinho) e Fernandão.
Os destaques do primeiro tempo foram a expulsão do técnico Luís Felipe Scolari, com incríveis 5 minutos do primeiro tempo. Precipitação do árbirtro? Não sei, mas alguma razão ele deve ter dado...Enfim, foram cerca de 4 minutos para que Felipão tentasse se explicar e o árbitro simplesmente parou o jogo!!! Tudo bem que o primeiro tempo foi ruim, mas perder 4 minutos para tirar um técnico de campo e depois mais 2 minutos para montar uma barreira já coloca o juíz em uma posição desconfortável.
Mas, voltando ao jogo, o primeiro tempo teve duas substituições por lesão. Ilsinho, ala do São Paulo, foi substituído por Zé Vítor, volante da base e Ewerthon, atacante do Palmeiras, foi substituído por Tinga, meio - campista.
A primeira metade se encerrou como devia, 0 x 0 feio, chato e sem emoção.
O segundo tempo começou com o São Paulo diferente. No início, Richarlyson voltou à ala, e Jorge Wagner para o meio campo e Jean fez a ala direita, com Casimiro e Zé Vítor (campeões da Copa São Paulo de Juniores com Baresi no começo do ano) de volantes. E deu resultado. O time ficou mais equilibrado, enquanto o Palmeiras continuava a insistir nas jogadas pela direita e praticamente não criava nada por lá. Valdivia não jogou bem mais uma vez. Marcos Assunção só assustava nas bolas paradas. Tinga entrou e...só. Tadeu, para não perder a média, mandou outra cotovelada, agora em Alex Silva (um dos grandes nomes do jogo. Como jogou o zagueiro!).
Enfim, o jogo melhorou, mas ainda estava morno. Estava! Mas aí o garoto Lucas resolveu colocar o jogo embaixo do braço e decidir.
O garoto fez o primeiro gol da partida aos 9 minutos do segundo tempo.
Rogério Ceni deu um chutão pra frente, Fernandão ganhou a primeira dividida de cabeça, Jorge Wagner a segunda e Lucas se antecipou ao corte de Maurício Ramos, tocou bonito, pegando Deola de surpresa.
O Palmeiras tentou mexer. Colocou Luan pela esquerda para tentar equilibrar as ações ofensivas, mas mesmo o habilidoso atacando foi inoperante.
Exatamente o oposto disso era Lucas. Caindo pela direita do ataque sãopaulino ele abusava dos dribles, das grandes jogadas de linha de fundo. Aos 26 minutos do segundo tempo, o garoto fez uma jogada de craque. Pegou a bola pela direita e veio trazendo pelo meio. Tocou para Fernandão, que fez bom segundo tempo, fazer a parede. Após a devolução, ele deu um chapéu do marcador, ganhou na corrida do zagueiro, chegou antes de Deola, mas não conseguiu finalizar com destreza. Uma pena, seria um gol de placa.
O Palmeiras, com praticamente 4 atacantes, Tinga pela direita, Luan pela esquerda, Valdívia vindo de trás e Tadeu centralizado não produzia rigorosamente nada. Já para o São Paulo, bastava retomar a bola e jogar para seu prodígio.
E assim se fez aos 31 do segundo tempo. Ele recebeu pela direita, arrancou e deu um passe sensacional para Fernandão marcar o segundo.
Valdívia teve a chance de diminuir. A bola sobrou para o camisa 10 dentro da área mas ele chutou por cima do gol de Rogério.
Ao fim do jogo, resultado justo pelo segundo tempo do São Paulo. Nada de espetacular, mas sólido e com Lucas e Alex Silva jogando muito bem.
Irregulares como estão, fica difícil apontar os caminhos de ambos, mas se Lucas continuar jogando assim e Valdívia continuar não jogando, a tendência é de que o São Paulo suba na tabela e o Palmeiras se mantenha ganhando jogos onde não se acredita e perca jogos em casa, ou melhor no Pacaembu.
Palmeiras
Deola (5,5) ; Vítor (6), Maurício Ramos (5), Danilo (5,5) e Fabrício (5) subst. Patric (sem nota por pouco tempo em campo); Pierre (5,5), Marcos Assunção (5), Márcio Araújo (4,5) subst. Luan (5) e Valdívia (4,5); Ewerthon (5) subst. Tinga (4,5) e Tadeu (3,5).
Téc: Felipão (sem nota, ficou apenas 5 minutos no campo)
São Paulo
Rogério Ceni (6); Alex Silva (8) subst. Renato Silva (sem nota por pouco tempo em campo), Miranda (7), Rodrigo Souto (6,5); Ilsinho (sem nota, jogou pouco) subst. Zé Vítor (6), Jean (6,5), Casimiro (6,5), Richarlyson (6) e Jorge Wagner (6,5); Lucas (8,5) subst. Dagoberto (sem nota por pouco tempo em campo) e Fernandão (7).
Téc: Sérgio Baresi (7)
Melhor em campo para o blogueiro:
Lucas - simplesmente roubou a cena e decidiu para o tricolor.
Destaques:
Alex Silva (São Paulo) - ganhou todas de todos. Simplesmente ótimo na defesa.
Jorge Wagner (São Paulo) - correu muito, se esforçou muito.
Casimiro (São Paulo) - Discreto e eficiente.
Vítor (Palmeiras) - Esforçado, correu muito, tentou criar, mas sozinho ficou difícil.
Destaque Negativo:
Valdívia: Não correu, não jogou, não rendeu. Assim fica difícil para o Palmeiras que já estava sem Kléber.
Outros resultados da rodada:
Sábado:
Corinthians (novo líder) 3 x 0 Prudente (lá embaixo)
Atlético - GO 1 x 2 Atlético - PR
Botafogo (olho nele!) 2 x 2 Cruzeiro (olho nele e em Montillo, o argentino joga muito!)
Domingo:
Atlético - MG (Wanderley está dando nó tático nele mesmo) 2 x 3 Vitória
Internacional (ótimo time) 1 x 0 Vasco da Gama (finalmente um resultado diferente de empate)
Guarani 0 x 0 Santos (sem Neymar, que mereceu a punição, ficou no 0)
Flamengo (finalmente Deivid e Renato Abreu marcaram) 3 x 3 Fluminense (abre o olho)
Avaí (em queda livre) 0 x 3 Grêmio (Renato Gaúcho vai ajeitando as coisas)
Ceará 1 x 1 Goiás
Minha obrigação era de assistir o jogo das 17:30, entre Avaí e Grêmio, mas por motivo de força maior não pude. Fica pra próxima...
Paulo Henrique
Não necessariamente pelo jogo, especialmente o fraquíssimo primeiro tempo. Raros chutes, sem perigo aos goleiros. Ambos meio-campos erravam passes. A marcação era forte. Apesar disso, o jogador mais violento da partida foi um atacante, Tadeu, do Palmeiras. Foram duas cotoveladas nos zagueiros Miranda, no primeiro tempo e Alex Silva, no segundo tempo. Alex inclusive foi substituído ao fim da partida porque seu olho direito já estava se fechando.
O Palmeiras entrou com um 3-5-2 disfarçado de 4-4-2. Vítor, supostamente lateral-direito tinha total liberdade para ir ao ataque, enquanto Fabrício, pela esquerda, compunha mais uma linha defensiva com Maurício Ramos e Danilo. Além disso, Pierre ficava de cão-de-guarda à frente da defesa. Com isso, já se percebe que o lado esquerdo do verdão ficou esquecido. Marcos Assunção jogava centralizado no meio, com Valdívia, muito apagado. Márcio Araújo simplesmente não compareceu à primeira etapa. Ewerthon se movimentava pela direita com Vítor até se machucar. Tinga, seu substituto, não fez muito no primeiro tempo. E Tadeu, ficou só na cotovelada em Miranda.
Já o São Paulo inovou. Não no esquema. Passa o tempo e o time não se desvencilha do 3-5-2. Mas Sérgio Baresi mudou. Colocou Ilsinho na ala direita (mesmo que por pouco tempo, pois ele se contundiu dando lugar a Zé Vítor) e Jorge Wagner na ala esquerda, com Rodrigo Souto de líbero. Jean voltou a jogar de volante, com o ótimo Casimiro e Richarlyson, também de volta ao meio campo. Aliás, ele se movimentou muito, caiu pela direita, pela esquerda, mas produziu bem menos do que correu. Mais à frente a aposta era no ótimo momento de Lucas (ex-Marcelinho) e Fernandão.
Os destaques do primeiro tempo foram a expulsão do técnico Luís Felipe Scolari, com incríveis 5 minutos do primeiro tempo. Precipitação do árbirtro? Não sei, mas alguma razão ele deve ter dado...Enfim, foram cerca de 4 minutos para que Felipão tentasse se explicar e o árbitro simplesmente parou o jogo!!! Tudo bem que o primeiro tempo foi ruim, mas perder 4 minutos para tirar um técnico de campo e depois mais 2 minutos para montar uma barreira já coloca o juíz em uma posição desconfortável.
Mas, voltando ao jogo, o primeiro tempo teve duas substituições por lesão. Ilsinho, ala do São Paulo, foi substituído por Zé Vítor, volante da base e Ewerthon, atacante do Palmeiras, foi substituído por Tinga, meio - campista.
A primeira metade se encerrou como devia, 0 x 0 feio, chato e sem emoção.
O segundo tempo começou com o São Paulo diferente. No início, Richarlyson voltou à ala, e Jorge Wagner para o meio campo e Jean fez a ala direita, com Casimiro e Zé Vítor (campeões da Copa São Paulo de Juniores com Baresi no começo do ano) de volantes. E deu resultado. O time ficou mais equilibrado, enquanto o Palmeiras continuava a insistir nas jogadas pela direita e praticamente não criava nada por lá. Valdivia não jogou bem mais uma vez. Marcos Assunção só assustava nas bolas paradas. Tinga entrou e...só. Tadeu, para não perder a média, mandou outra cotovelada, agora em Alex Silva (um dos grandes nomes do jogo. Como jogou o zagueiro!).
Enfim, o jogo melhorou, mas ainda estava morno. Estava! Mas aí o garoto Lucas resolveu colocar o jogo embaixo do braço e decidir.
O garoto fez o primeiro gol da partida aos 9 minutos do segundo tempo.
Rogério Ceni deu um chutão pra frente, Fernandão ganhou a primeira dividida de cabeça, Jorge Wagner a segunda e Lucas se antecipou ao corte de Maurício Ramos, tocou bonito, pegando Deola de surpresa.
O Palmeiras tentou mexer. Colocou Luan pela esquerda para tentar equilibrar as ações ofensivas, mas mesmo o habilidoso atacando foi inoperante.
Exatamente o oposto disso era Lucas. Caindo pela direita do ataque sãopaulino ele abusava dos dribles, das grandes jogadas de linha de fundo. Aos 26 minutos do segundo tempo, o garoto fez uma jogada de craque. Pegou a bola pela direita e veio trazendo pelo meio. Tocou para Fernandão, que fez bom segundo tempo, fazer a parede. Após a devolução, ele deu um chapéu do marcador, ganhou na corrida do zagueiro, chegou antes de Deola, mas não conseguiu finalizar com destreza. Uma pena, seria um gol de placa.
O Palmeiras, com praticamente 4 atacantes, Tinga pela direita, Luan pela esquerda, Valdívia vindo de trás e Tadeu centralizado não produzia rigorosamente nada. Já para o São Paulo, bastava retomar a bola e jogar para seu prodígio.
E assim se fez aos 31 do segundo tempo. Ele recebeu pela direita, arrancou e deu um passe sensacional para Fernandão marcar o segundo.
Valdívia teve a chance de diminuir. A bola sobrou para o camisa 10 dentro da área mas ele chutou por cima do gol de Rogério.
Ao fim do jogo, resultado justo pelo segundo tempo do São Paulo. Nada de espetacular, mas sólido e com Lucas e Alex Silva jogando muito bem.
Irregulares como estão, fica difícil apontar os caminhos de ambos, mas se Lucas continuar jogando assim e Valdívia continuar não jogando, a tendência é de que o São Paulo suba na tabela e o Palmeiras se mantenha ganhando jogos onde não se acredita e perca jogos em casa, ou melhor no Pacaembu.
Palmeiras
Deola (5,5) ; Vítor (6), Maurício Ramos (5), Danilo (5,5) e Fabrício (5) subst. Patric (sem nota por pouco tempo em campo); Pierre (5,5), Marcos Assunção (5), Márcio Araújo (4,5) subst. Luan (5) e Valdívia (4,5); Ewerthon (5) subst. Tinga (4,5) e Tadeu (3,5).
Téc: Felipão (sem nota, ficou apenas 5 minutos no campo)
São Paulo
Rogério Ceni (6); Alex Silva (8) subst. Renato Silva (sem nota por pouco tempo em campo), Miranda (7), Rodrigo Souto (6,5); Ilsinho (sem nota, jogou pouco) subst. Zé Vítor (6), Jean (6,5), Casimiro (6,5), Richarlyson (6) e Jorge Wagner (6,5); Lucas (8,5) subst. Dagoberto (sem nota por pouco tempo em campo) e Fernandão (7).
Téc: Sérgio Baresi (7)
Melhor em campo para o blogueiro:
Lucas - simplesmente roubou a cena e decidiu para o tricolor.
Destaques:
Alex Silva (São Paulo) - ganhou todas de todos. Simplesmente ótimo na defesa.
Jorge Wagner (São Paulo) - correu muito, se esforçou muito.
Casimiro (São Paulo) - Discreto e eficiente.
Vítor (Palmeiras) - Esforçado, correu muito, tentou criar, mas sozinho ficou difícil.
Destaque Negativo:
Valdívia: Não correu, não jogou, não rendeu. Assim fica difícil para o Palmeiras que já estava sem Kléber.
Outros resultados da rodada:
Sábado:
Corinthians (novo líder) 3 x 0 Prudente (lá embaixo)
Atlético - GO 1 x 2 Atlético - PR
Botafogo (olho nele!) 2 x 2 Cruzeiro (olho nele e em Montillo, o argentino joga muito!)
Domingo:
Atlético - MG (Wanderley está dando nó tático nele mesmo) 2 x 3 Vitória
Internacional (ótimo time) 1 x 0 Vasco da Gama (finalmente um resultado diferente de empate)
Guarani 0 x 0 Santos (sem Neymar, que mereceu a punição, ficou no 0)
Flamengo (finalmente Deivid e Renato Abreu marcaram) 3 x 3 Fluminense (abre o olho)
Avaí (em queda livre) 0 x 3 Grêmio (Renato Gaúcho vai ajeitando as coisas)
Ceará 1 x 1 Goiás
Minha obrigação era de assistir o jogo das 17:30, entre Avaí e Grêmio, mas por motivo de força maior não pude. Fica pra próxima...
Paulo Henrique