Eis que toda confusão possível se instaura em comunidades, grupos e sites.

É... Zico. O maior ídolo da história do Flamengo, atual técnico da seleção iraquiana, deu a declaração que flamenguista nenhum queria ler: não bota mais os pés no clube, nem no estádio como torcedor. É claro que, depois de várias décadas em seu time “do coração”, não desejaria mal a sua torcida, “Eu só torço mesmo é para a torcida do Flamengo, porque vê-la triste é muito ruim”. Ainda assim, toda a confusão não deixou flamenguista nenhum muito feliz.

Para quem não sabe, no início de 2010 o ex-jogador assumiu o cargo de diretor executivo de futebol do CRF, e não mais de 5 meses depois já saia. Foi submetido a inquérito dentro do clube, acusado de beneficiar seu filho e outros novos jogadores. Diz ter sofrido uma enorme pressão por parte de alguns dirigentes e ameaça processar a instituição por desconfiar de sua honestidade depois de 40 anos no futebol, sendo 20 dentro do Fla.

O problema maior para a diretoria e presidência é que Zico não está sozinho. Suas declarações foram apoiadas por outro ídolo carioca, aquele que mais vestiu a camisa rubro-negra em jogos: Júnior. O ex-lateral diz não estar surpreso, já que ele mesmo passou por essa situação em 2004, quando foi diretor técnico de futebol do time, também por pouco tempo devido a brigas com o então vice, Artur Rocha.

O grande ponto da questão é que os clubes são entidades gigantes, mas inevitavelmente comandadas por pessoas nem tão gigantes assim. O sucesso de um gigante é, inevitavelmente, ligado ao sucesso dos “comandantes”, sejam eles bons ou ruins para o clube por baixo dos panos e por fora da mídia.

Entra ai a questão de saber separar as duas coisas. Mas nem sempre é possível. Zico, hoje, não pode separá-los, está claramente decepcionado, mas resta a esperança de que, um dia, com dirigentes melhores e mais corretos, ele volte a ser o Galinho da Gávea.

A instituição, e isso vale para todos os clubes, precisa ser maior que as pessoas por trás delas. As pessoas vão, as instituições ficam. Existe sim o problema da estrutura política, antiga e corrupta, o que não é uma situação nova, que o dia Eurico Miranda e o Vasco. Uma hora as coisas toma ruma diferente e se acertam. Ou não.

Aos flamenguistas resta esperar que Zico, Junior e Andrade armem uma revolução e tomem a Gávea. (hahaha)

Brincadeiras a parte, o que fazer quando o problema sai de quem devia resolver? E ai, diretoria?

Cecília Paes

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