Deletristas do meu Brasil. Conhecem Mousieur Gomes? Aposto que não. Agora, se pergunto se conhecem Ricardo Gomes, soa como uma heresia. O nome do técnico do trem-bala da Colina esteve na mídia nos últimos dias devido a um infeliz AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico ocorrido no jogo Vasco x Flamengo, no dia 28 de agosto, em partida válida pela 19ª rodada do Brasileirão.

Campeonato esse que, o supracitado time (lê-se Vasco), está liderando há duas rodadas. “Grande coisa, estávamos há 17 rodadas consecutivas na liderança” diz o torcedor corintiano. Mas o Vasco tem um mérito a mais ao buscar o topo da tabela, afinal foi campeão da Copa do Brasil desse ano. Desmistificando a ideia de férias adiantadas que acomete os times que erguem tal caneco. Como é o caso do Corinthians em 2009. Além do mais, o Vasco oscila entre o G-4 desde 03 de agosto até agora.

Ricardo Gomes estava precisando do Vasco, e o Vasco estava precisando de um treinador de pulso. Afinal seus jogadores não comemoravam um título nacional expressivo há 11 anos. De lá pra cá somente o Cariocão de 2003 e a Série B, em 2009. Monsieur Gomes, como era conhecido na França, chegou ao time da Colina no começo desse ano, após uma má fase no São Paulo.

Enxugou o time, emprestou jogadores mais novos, trouxe o experiente Juninho Pernambucano e organizou o meio-campo do Vasco. O técnico selou o ferrolho do trem-bala aliando volantes com boa saída de bola e meias de ligação com qualidade no passe. Venceu a Copa do Brasil em cima do Coritiba - time sensação do primeiro semestre - e agora lidera o Brasileiro. E de quebra tem três jogadores (Dedé, Diego Souza e Rômulo) na última lista de Mano.

O que poucos sabem é que Rica (permita-me a intimidade) também foi muito bem sucedido na carreira de jogador. Atuou em apenas três times, e por onde passou foi campeão. No Fluminense foi Tricampeão carioca (83, 84, 85) e Campeão Brasileiro de 84. No Benfica levantou o caneco português em duas ocasiões (89 e 90) e finalmente no Paris Saint-Germain foi Campeão Francês de 1993-94.

O rapaz também se destacou pela Seleção Brasileira, jogou de 1984 a 1994. Foi Campeão da Copa América de 89, capitão da seleção nas Eliminatórias da Copa de 90, e participou de todos os jogos das Eliminatórias de 94. Ganhou também a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, com um time que jogava o fino da bola. Era Taffarel, Jorginho, Mazinho, Careca, Neto, Geovani, Bebeto e Romário. Era o zagueiro preferido de Parreira. Porém, uma contusão no último jogo antes da Copa de 94, o deixou de fora da conquista do tetra.

O rapaz jogava bem.



E pra quem acha que só de Brasil vive o De Letra No Gol, engana-se. Nessa semana tivemos dois clássicos expressivos na Argentina e em Portugal.

Boca Juniors x Estudiantes – Aconteceu na quinta-feira. Estudiantes em penúltimo na tabela, e o Boca líder. Jogo duro, pegado, típico de argentinos. Muita velocidade, muita agressividade e pouco placar. Um a zero para os amigos de Roman, ressaltando que, de morto Riquelme não tem nada. Jogou muito.

Porto x BenficaAo contrário da disparidade de nossos hermanos, Porto e Benfica disputavam a liderança do campeonato, numa partida belíssima na tarde de ontem. Toma lá, da cá, toma lá, da cá, assim foi jogo. Dois a dois. Destaque para o gol de Kléber, do Porto, presente na lista de Mano. Assim as duas equipes seguem invictas na competição.


João Conrado Kneipp

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