A cidade de Córdoba recebe no dia 14 de setembro de 2011 a primeira partida válida pela antiga Copa Roca, chamada agora de Superclássico das Américas. A disputa entre Brasil e Argentina é antiga e começou com vitória brasileira em 1914. No total são 8 conquistas brasileiras e 4 conquistas argentinas, sendo que em 1971 o título foi dividido.

Após uma pitadinha de história, vamos ao que realmente interessa. Como já é sabido, a convocação para a Copa Roca conta apenas com atletas que atuam no Brasil.

Mano Menezes optou por mesclar jovens com idade olímpica e jogadores mais experientes, como Ronaldinho Gaúcho.

Como acontece em toda convocação nacional, houve discordância em alguns nomes chamados
como Renato Abreu, Cícero, Rômulo e a frustração pela falta de jogadores de destaque no campeonato brasileiro, como Elkesson.

A convocação ainda sofreu baixas como o goleiro Fábio (uma pena, o cruzeirense merecia uma chance, joga bem há um bom tempo) e Fred (não consigo entender a convocação dele sendo que o Rafael Moura, reserva, faz mais gols que ele).

Enfim, dentre apostas, certezas e muitas dúvidas, o técnico Mano Menezes parece ter definido o time titular para o primeiro jogo:

1 - Jefferson (Botafogo); 2 - Danilo (Santos), 3 - Dedé (Vasco), 4 - Réver (Atlético-MG) e 6 - Kléber (Internacional); 5 - Ralf (Corinthians), 8 - Paulinho (Corinthians), 7 - Renato Abreu (Flamengo); 10 - Ronaldinho Gaúcho (Flamengo), 11- Neymar (Santos) e 9 - Leandro Damião (Internacional).

A chave da escalação está no meio-campo. Com a formação montada, o Brasil deve ter Ralf plantado à frente da zaga, dando estabilidade ao setor. Na direita, Paulinho deve fazer jogadas com Danilo e cobrir suas investidas ao ataque. Pela esquerda, Renato deve fazer a mesma função com Kléber. O grande problema é que dessa maneira o Brasil vai carecer do tipo de jogador que faz a diferença: o meia. Com três volantes e três atacantes (Ronaldinho à esquerda, Neymar à direita e Damião centralizado), vai ser necessária a movimentação de Ronaldinho e Neymar para a armação das jogadas. O ponto fraco da escalação é a falta de um articulador, que possa municiar os três avantes da amarelinha.

Existem duas maneiras de solucionar o problema sem alterar a escalação. A primeira, que já
foi dita antes, é a movimentação em diagonal de Ronaldinho e Neymar. Ronaldinho terá que trazer a bola da esquerda para o meio para armar a equipe e dar seus passes perfeitos. Enquanto Neymar pode trazer a bola da direita para o meio e tentar a tabela com Damião, que trabalha muito bem de costas para a marcação. Já a segunda alternativa, e que deve ser mais utilizada, é liberar os laterais ao ataque. Por quê? Com o sistema de 3 volantes, Paulinho pode cobrir Danilo e Renato cobre Kléber, possibilitando jogadas aprofundadas pela lateral.

O ponto forte da escalação pode ser o trabalho de dupla entre Danilo e Neymar pela direita (ambos já tem entrosamento tanto do Santos, quanto da Seleção Sub-20) e entre Kléber e Ronaldinho pela esquerda. Até porque a jogada aérea é um dos pontos fortes de Leandro Damião, que tem feito gols de todos os jeitos.

Apesar disso, acho que a Seleção deveria pensar na possibilidade de sacar Renato Abreu e por um meia, seja Lucas, Oscar ou Thiago Neves (última opção pela má-fase atual). Também acho que Mano Menezes deveria dar mais tempo em campo para os mais novos, que tem idade olímpica e que podem render mais na Seleção futuramente.

Minha escalação para essa partida seria:
1 Jefferson (ótima fase, mas seria reserva se Fábio estivesse); 2 Danilo, 3 Dedé, 4 Rhodolfo, 6 Kléber (apenas no primeiro tempo, Cortês merece pelo menos meio tempo em campo); 5 Ralf, 8 Casemiro, 7 Lucas; 10 Ronaldinho Gaúcho, 11 Neymar, 9 Leandro Damião.


Paulo Henrique Damasceno

0 comentários:

Postar um comentário