Em meio ao marasmo de um sábado nada criativo, venho apresentar um apanhado de onze rapazes que conseguiram a proeza de serem lembrados por suas expulsões em jogos importantes. Cada jogador com suas peculiaridades, de cabeçadas à cocadas, vão saindo do gramado de cabeça baixa e entrando para o "Hall of Shame" do De Letra No Gol. Confira suas histórias e curiosidades que os fizeram ser eternizados nas páginas deste humilde blog.


Em baixo das traves temos o goleiro costarriquenho do AZ Alkmaar, Esteban Alvarado. Em partida disputada contra o Ajax pela Copa da Holanda, um torcedor invadiu o campo e foi em direção ao goleirão que não hesitou, derrubou o invasor e o chutou diversas vezes no chão. O juiz expulsou o caribenho por conduta antidesportiva.

Na lateral-direita quem aparece é Cocada. Em decisão pelo Carioca de 1988 entre Vasco e Flamengo, o irmão de Muller (ex-São Paulo), entrou em campo aos 41 do segundo tempo, marcou o gol da vitória aos 44 e foi expulso ao comemorar o gol tirando a camisa. Cocada saiu do Operário-MS e foi jogar no Rio, pelo Flamengo, aos 21 anos.

O dono da zaga-central é Josip Simunic. Em partida pela Copa do Mundo de 2006 entre Croácia e Austrália, o grandão bateu um recorde mundial e recebeu três cartões amarelos em um jogo só. O juizão inglês Graham Poll fez uma lambança e mostrou seu yellow card trêz vezes para o grandão: aos 16', 36' e já nos acréscimos, quando foi expulso. A partida valia pelo grupo F, onde Brasil e Austrália se classificaram.

Na quarta-zaga quem vem é o francês François Modesto que, atuando pelo Olympiakos em jogo contra o AEK-Athens no ano passado, após sofrer falta e ouvir poucas e boas do espanhol do AEK, Cala, simplesmente abaixou o calção do adversário em um acesso de raiva. Como já estava amarelado, Modesto recebeu o segundo e foi expulso de campo.

Pela lateral-esquerda temos o folclórico Wellington Saci que foi expulso logo após entrar no lugar de Dentinho pela final da Copa do Brasil contra o Sport, em 2008. Para muitos, esse foi o lance que definiu a vitória do time de Recife e acabou rendendo o título ao Leão da Ilha.

O primeiro-volante da seleção de expulsos é Felipe Melo. Conseguiu deixar uma nação inteira com raiva ao ser expulso contra a Holanda pelas quartas-de-finais da Copa do Mundo de 2010. Felipe deu um belo de um pisão em Robben após fazer falta no mesmo. Antes disso, o volante ainda havia desviado um cruzamento de Sneijder que acabou culminando em gol para a Laranja.

Como segundo-volante temos Hernanes. O ambidestro ex-São Paulo cravou as solas de sua chuteira no peito do atacante fracês Benzema, em jogo amistoso entre Brasil e França. O jogo não valia nada, além de mostrar os novos uniformes franceses agora patrocinados pela Nike, mas a "chapa" de Hernanes lhe rendeu um vermelho e uma imagem negativa, pois nunca mais foi chamado por Mano.

Pelo meio, Marcelinho Carioca. O pé-de-anjo não tem uma expulsão memorável mas, é o líder do Corinthians em cartões vermelhos. Marcelinho lidera com 19 expulsões em sete anos atuando pelo clube, com média de uma expulsão a cada 22,5 jogos.  

Junto com Marcelinho na armação, Zidane. O cara da foto que ilustra nosso post foi expulso na final da Copa do Mundo de 2006, quando o zagueiro italiano Materazzi disse algumas palavras carinhosas ao pé-do-ouvido do francês que não pensou duas vezes: desferiu uma exemplar cabeçada na boca do estômago do zagueirão. Zidane já havia sido escolhido como melhor jogador da Copa porém, saiu sem o título, vencido pela Azurra em disputa por pênaltis.

No ataque temos o glorioso Zé Carlos. O então atacante do Cruzeiro conseguiu ser expulso com 7 segundos de partida, pelo Brasileirão de 2009 em clássico contra o Atlético-MG. Zé Carlos deu uma cotovelada em Renan, volante do Galo, e foi mandado pro chuveiro bem mais cedo do que esperava. Essa é a expulsão mais rápida da história do futebol brasileiro.

Quem encerra nossa seleção é Anselmo. Em 1981, na última partida da final da Libertadores entre Flamengo e o chileno Cobreloa, o atacante entrou no lugar de Nunes com a partida já definida para fazer o que todo torcedor rubro-negro queria: se vingar. O zagueiro Mario Soto vinha agredindo os jogadores do Flamengo nas duas partidas anteriores, inclusive à pedrada, que machucaram Adílio e Lico. Na terceira e última partida, P.C. Carpegiani, então técnico do Mengão, coloca o jovem Anselmo sob a instrução de derrubar o zagueiro do Cobreloa. Não deu outra, o fim de jogo virou uma batalha campal e Anselmo, obviamente, terminou expulso.



Jones Mário

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